quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

LALANDE verbete Arte: sentido A - Técnica - as 7 artes liberais

 


A. Em geral, conjunto de procedimentos que servem para produzir um certo resultado: "Ars est systema praeceptorum universalium, verorum, utilium, consentientium, ad unum eumdemque finem tendentium.” Definição comum a GALENO e a RAMUS segundo Goclenius, 125b. A arte opõe-se neste sentido: 1º à ciência concebida como puro conhecimento independente das aplicações; 2º à natureza, concebida como potência que produz sem reflexão. A este sentido ligam-se as expressões: Artes mecânicas: marcenaria, arte do engenheiro; Belasartes, aquelas nas quais o objetivo principal é a produção do belo e especialmente do belo plástico: pintura, escultura, gravura, arquitetura, arte decorativa; Artes liberais (ou as sete artes), divisão dos estudos nas faculdades de filosofia da Idade Média, compreendendo o trivium: gramática, retórica, lógica, e o quadrivium: aritmética, geometria, astronomia, música.




terça-feira, 17 de dezembro de 2024

LALANDE verbete Arte: sentido B ESTÉTICA

 

B. ESTÉTICA. Sem epíteto a Arte ou as Artes designam toda produção da beleza através das obras de um ser consciente. No plural, esta expressão aplica-se sobretudo aos meios de execução; no singular às características comuns das obras de arte. Neste sentido, a arte opõe-se ainda à ciência e as artes às ciências, mas de um outro ponto de vista: enquanto que umas dimanam da finalidade estética, as outras dimanam da finalidade lógica.


Página do livro The Art and Science of Ernst Haeckel (do original título Kunstformen der Natur e, em português: Formas de Arte da Natureza).


As belas ilustrações do biólogo Alemão, que contribuíram grandemente para a compreensão da ciência da vida, não cumpriram tanto uma finalidade estética quanto lógica através da estética?



Similarmente não atingem seu científico fim lógico através da estética as empolgantes visualizações de dados do sueco Hans Rosling, o homem que mostra o mundo com números que se mexem?



Assim, não parece que, embora a ciência busque a lógica com objetividade e precisão, não seria a beleza intrínseca em uma teoria elegante um poderoso elemento para que a ciência atinja seu objetivo de melhor explicar o mundo?


LALANDE, verbete Arte - CRITICA

 


CRITICA Tendo o sentido A envelhecido sensivelmente nas expressões artes mecânicas artes liberais, e mesmo na oposição entre a arte e a natureza, propomos consagrar especialmente a utilização filosófica desta palavra no sentido B, que é de longe mais frequente nos escritores contemporâneos (salvo em algumas expressões tais como arte racional [quando se fala da moral], arte militar; e ainda, mesmo neste caso, a compreensão subjetiva destas expressões é muitas vezes colorida por um reflexo do sentido B). Evitar-se-ia assim o enunciado escolástico do problema: "Se a lógica e a moral são ciências ou artes'', fórmula equívoca pela qual são sempre perturbados aqueles que se iniciam no estudo da filosofia.

O sentido A é propriamente a técnica*
Rad. int.: Art.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Arte, segundo Eugene Vèron (1882)

 



CAPÍTULO V


§ 1.° Olhar retrospectivo sobre o desenvolvimento histórico de cada arte.


A arte - já o vimos - nasce ao mesmo tempo que o homem; encontra-se em quase todos os seus atos e pensamentos. É para ele tão natural e necessária, que lhe regula a disposição das ideias e determina a cadência da linguagem. Numa época em que a única indústria consiste em talhar os silex em forma de flecha, de faca e de clava, já possui o homem uma arte, que se manifesta, indiretamente, pela própria maneira por que ele talha esses sílex, pela forma que dá a essas armas; diretamente, pela confecção de diversos ornamentos e, sobretudo, por desenhos já bastante completos para que possamos ainda hoje reconhecer os respectivos modelos. A música não lhe é mais estranha que as artes do desenho. Atestam-no. os instrumentos achados nas cavernas.

Quanto à dança e à poesia, só se podem fazer conjeturas; estas, porém, adquirem suficiente probabilidade, quando se atenta para o fato de que estas duas formas da arte sempre existiram, em vários graus, entre as populações selvagens, nas quais as artes do desenho não passavam do estado puramente rudimentar, povos esses que nunca foram privilegiados, como a raça branca o foi desde o princípio.

Esta arte espontânea, que não é mais que a manifestação inconsciente de uma aptidão natural e inata, ainda a encontramos na aurora dos tempos históricos. Os mais antigos hinos védicos, pelos quais os pastores árias, acampados nas margens do Indo, invocaram as divindades do céu luminoso em seu socorro, contra os demônios da noite, têm por caráter a expressão dos sentimentos de medo ou de fé. E mais 'notável e tal expressão por serem esses poemas coletivos despidos de qualquer propósito artístico, intencional procurado. Neles não há estudo nem esforço. A poesia destes hinos resulta simplesmente da sinceridade da emoção que os inspira Absolutamente subjetivos pelo caráter desses sentimentos, são eles muitas vezes objetivos pela forma sob a qual se expressam. A descrição é a forma que convém perfeitamente a esses poemas, em que se cuida de fenômenos astronômicos ou meteorológicos. Porém, essas descrições se transformam espontaneamente em dramas animados e vivos, pelo simples fato de que, para os Arias, tais fenômenos são manifestações de vontades contrárias ou favoráveis. Para eles, o céu e a terra, a luz, o sol, a lua, os ventos, a aurora, a noite, a nuvem, o fogo, as libações, o sacrifício e o próprio hino são divindades, isto é, seres voluntários e ativos, cujo poder, superior ao do homem e livre de qualquer lei, o ameaça com todos os males ou lhe assegura todos os bens, conforme ele consiga, ou não, conquistar-lhes a proteção ou desarmar-lhes a hostilidade

Destas concepções antropomórficas nascem inúmeras lendas, cujo sentido mais tarde se vai progressivamente dissipando. Os dramas celestes acabam por transformar-se em cantos heróicos, que se desvirtuam de geração em geração, chegando a produzir as grandes epopéias antigas.

Estas produções coletivas da raça trazem naturalmente os seus caracteres e exprimem os seus sentimentos. Ainda é arte impessoal, no sentido de não pertencer a nenhum poeta particular; é arte nacional.

Depois disto, nasce uma nova arte, ou melhor, uma nova forma de arte, que é a dos tempos modernos. A arte tornou-se consciente de si própria e, por este caráter, sobretudo, se distingue da arte anterior. A personalidade do artista revela-se gradativamente e exagera-se, por vezes , até a própria negação da arte, até a vaidade fatigante, que faz substituir a expressão sincera e espontânea dos sentimentos pelas interesseiras preocupações do poeta avido de êxito.
A arte ingênua e espontânea dos primeiros tempos acaba, assim, por ceder lugar a uma arte refletida e intencional, que teme expandir-se, porque sua emoção é superficial ou fictícia, e que, de decadência em decadência, se torna arte acadêmica. Mas a poesia não poderia perecer, e, para ressurgir, basta-lhe revigorar-se na verdade. Assim, aos periodos de depressão sucedem esplêndidos renascimentos. Depois da poesia dos Luce de Lancival e dos Delille, vem a dos Musset e dos Hugo.


A grande poesia pessoal origina-se do desenvolvimento o espírito de análise, o que não a impede de sucumbir, uma vez por outra. Desde que o homem se põe a examinar-se introspectivamente, empenha-se em profundar cada vez mais esse exame, e a curiosidade acaba por prevalecer sobre interesse artístico. Por efeito do espiritualismo exclusivo das doutrinas pseudofilosóficas, que se adestram em separar os fenômenos morais de suas causas fisiológicas, e a isolá-las num mundo imaginário, as teorias psicológicas invadem gradativamente o domínio da poesia, reduzindo, afinal, suas criações a fantasmas inanimados, a puras abstrações, que não podem ter realidade senão nas esferas etéreas habitadas pelos metafísicos.


Esta exageração psicológica não poderia durar muito tempo. A rigor, pode satisfazer a uma sociedade requintada, acostumada a viver numa atmosfera artificial, ávida de sutilezas aristocráticas, como era a do fim do século XVII Mas, desde o momento em que a literatura, em vez de comportar-se nos limites da classe que reflete, pretende projetar-se mais amplamente, e inevitável a sua transformação, a fim de pôr-se em conformidade com os sentimentos e o gosto de seu novo público.E o que realmente acontece, a despeito dos esforços dos fetichistas do passado, que, a todo transe, querem retê-la pelos vinculos de uma tradição já ininteligível para as massas
○ que estas requerem é a sinceridade e a vida na arte; a vida verdadeira e real. É esta necessidade que explica o prodigioso desenvolvimento do teatro em nossos dias. A tal respeito, não nos devemos iludir com os nomes de Corneille, Racine e Molière. Só em nossos dias é que o teatro penetrou nos hábitos do público. O mes mo se pode dizer do romance.
Estes dois gêneros sofrem uma transformacão quese acentua, dia a dia, `no mesmo sentido, isto é, no sentido popular.


O romance e o teatro
aristocrático do século XVII foram progressivamente substituídos pelo romance e pelo teatro burguês, à medida que o movimento social e político se acentuava nesse sentido. Chegamos hoje ao drama e ao romance verdadeiramente humanos, compreendendo toda a sociedade ○ campo tornou-se tão vasto quanto a própria humanidade. Igualmente, o processo se transforma. descrição e a sábia anatomia cedem lugar a ação. E pela sequência das cenas e dos atos que se pintam os caracteres, tanto na poesia como na vida real. Surge uma arte nova, que se eleva por entre o clamor de alarma dos amantes da bela literatura.


Mas, desde já, é fácil ver que seu futuro está garantido, e que a tirania da convenção acadêmica vai receber mais um profundo golpe.



A dança começou por ser simplesmente o efeito espontâneo da necessidade de movimento, que resulta de certos impulsos d'alma. Tornou-se uma arte, por efeito do ritmo, que, regulando e cadenciando os movimentos a fez capaz de exprimir um número maior de sentimentos; e, por efeito da imitação, que lhe favoreceu traduzir por gestos e atitudes as principais ocupações da vida. Existiram danças da guerra, da religião, da colheita, da vindima, etc. Chegou-se mesmo a imitar o movimento dos astros e as mais importantes cenas das grandes lendas cósmicas e heróicas. Assim é que a dança espontânea dos primeiros tempos acabou por tornar-se um espetáculo, tanto no teatro grego quanto na ópera moderna.


A música provém de uma fonte análoga, Seu primeiro embrião está no grito espontâneo de alegria ou de dor, de amor ou de cólera, fecundado e diversificado pelo ritmo, submetido às regras das combinagões e harmonias aceitas pelo ouvido, Seu domínio alarga-se à medida que a observação aprende a reconhecer as relações que existem entre os sons e as emoções da alma humana ○ canto primitivo expressão de um sentimento único e definido, e portanto, restrito e monótono, desenvolve-se até dar origem à melodia moderna com a variedade e a agilidade das intonações, que fazem a alma passar por uma série de mutações inesperadas
Depois, à medida que a análise psicológica se adianta, e que o ouvido se habitua à diversidade e à multiplicidade dos sons, a harmonia se reúne à melodia, adicionando os efeitos da simultaneidade dos timbres e das notas aos efeitos da sucessão. Enfim, chega-se a somar a simultaneidade dos diversos timbres à das notas diferentes, a tal ponto, que se pode indagar qual será o limite de compreensão do ouvido.


As artes da vista seguem uma progressão semelhante
A escultura, que cria diretamente as formas completas, com suas três dimensões, parece ter sido a primeira, mesmo antes.do desenho. As armas, os instrumentos, os adornos de pedra lascada já são escultura O homem das cavernas rebusca a elegância na forma, a variedade no aspecto, e este rebuscamento é tão espontâneo, que será difícil atribui-lo àa imitação. Só mais tarde a imitação intervém. Então, põe-se ○ homem a reproduzir a forma dos vegetais, dos animais e do próprio homem. Estas imitações, mais ou menos grosseiras a princípio, completam-se pouco` a pouco, à medida que os utensilios se aperfeiçoam e que a vista adquire mais experiência. Os mais antigos monumentos, que nos ficaram da escultura egípcia e assíria, já são notáveis pela escolha inteligente dos traços característicos talvez, mais do que os das épocas posteriores. Os gregos, apaixonados pela beleza das formas vivas e, principalmente, pela forma humana, não se cansam de reproduzi-las sob todos os seus aspectos. Uns, não `tendo outra finalidade além da própria imitação, copiam-nas com fidelidade e exatidão tais, que demonstram não ser o realismo tão moderno como se imagina; outros, procurando na escultura a interpretação de suas lendas religiosas ou heróicas, são logicamente levados ao tipo, como os poetas da epopéia e do drama, não em virtude de uma teoria preconcebida, como ensinam os metafísicos, porém simplesmente. porque seu objetivo é, sobretudo, representar a qualidade ou o atributo especial que personifica a divindade, cuja estátua executam.

Os deuses de Fidias e de Policleto são majestosos e impassíveis; mas esta imóvel serenidade do rosto e da atitude não impede que os corpos tenham vida. Os corpos palpitam, o sangue lhes corre nas veias e todas as aparências da vida estão representadas de maneira tão prodigiosa, que se tem a tentação de apalpar para convencer-se de que são de mármore. A geração que sucede a estes grandes artistas distingue-se por um acentuado esforço no sentido de exprimir os sentimentos humanos; como na tragédia, essa tendência progride rapidamente. Pretendeu-se ver nisso um esboço de decadência. Cremos que aí está um erro, que se explica pela obstinação com que alguns querem julgar tudo sob o ponto de vista do ideal platônico
A escultura moderna, certamente, não é comparável à da Grécia, quanto à perfeição da forma. Há para isso motivos, que mais tarde explicaremos Porém ela é superior sob outro aspecto; a expressão do caráter e a intensidade da vida moral,
É impossível remontar às origens da pintura com alguma segurança. Entretanto, o próprio entalhe de certos objetos dos tempos pré-históricos prova suficientemente que os homens eram. desde então, sensíveis à diversidade do colorido e dos jogos de luz. prazer que os mais selvagens agregados sentem em contemplar certas cores, o costume que têm de praticar a tatuagem e tingir a pele, os dentes e os cabelos, demonstram claramente que este gosto é instintivo. Portanto, podemos, sem temeridade, admitir que a pintura não seja muito menos antiga que a escultura, se bem que, por motivos fáceis de conceber, não nos tenha ficado nenhum monumento igualmente antigo. A pintura repousa num conjunto de convenções de tal modo complexas, e seus processos pressupõem tal multiplicidade de conhecimentos, que é naturalíssimo não ter ela atingido, senão muito mais tarde, um grau de relativa perfeição. Temos boas razões para crer que, nos belos tempos da Grécia, a pintura não passasse de escultura pintada.



Hoje, porém, a situação é outra. A pintura, que é apenas uma convenção, tornou-se a mais apta de todas as artes para lutar contra a realidade. Esta criação, saída gota a gota do cérebro do homem, chegou a ser o mais perfeito espelho das coisas e o meio mais completo e expressivo de traduzir as impressões do homem em face dos espetáculos da natureza Toda a sua história se explica por este duplo caráter: ns, atendendo somente ao seu poder de imitação e, arrebatados por seus maravilhosos efeitos, limitaram seu papel à tradução literal dos espetáculos visíveis, concluindo por suprimir da arte a emoção, a poesia, isto é, o próprio homem, para não deixar subsistir senão o ofício; outros, ao contrário, fascinados pelo seu poder de expressão, chegaram a considerar esta arte uma espécie de suplemento à linguagem escrita ou falada, e tentaram impor-lhe as simplificações, as abreviações e as convenções que ousoe a necessidade sempre acabam por introduzir em toda espécie de linguagem.

Grandes pintores são aqueles que têm podido resistir a essas duas correntes e conciliar numa suprema unidade este duplo caráter da pintura Atualmente, após diversas oscilações, o público, fatigado das simplificações da escola acadêmica e das fantasias, por vezes, artificiais da escola romântica recai na procura do verdadeiro; tem sede de sinceridade. Encontramos na pintura de nossos dias os mesmos indícios de luta, que tínhamos já assinalado na poesia, e que estão no fundo do pensamento contemporâneo. Em toda a parte e em todas as coisas, este pensamento persiste e exige a verdade. E a pintura, a fim de obedecer a esta tendência, mergulha mais fundo que nunca, no estudo da natureza e da realidade para ai encontrar novos e mais fortes meios de expressão, mais de acordo com as exigências do espírito moderno

A arquitetura tornou-se uma arte, mas principiou por ser outra coisa. O primeiro homem, que teve a idéia de cavar um abrigo na terra ou de construir para si uma cabana, por certo não sonhou com a criação de uma obra artistica. Obedeceu a uma preocupacão, com a qual nada tinha que ver a estética, tal como o primeiro que talhou um machado de silex. A arquitetura nasceu, pois, de uma necessidade meramente física. Mas, pelo simples fato de uma cabana oferecer à vista um conjunto de linhas e superficies, era de prever-se que sentimento inato da arte acabasse por manifestar suas preferências, dando às linhas e às superfícies disposições mais agradáveis à vista. Tais preferências tiveram naturais oportunidades para revelar-se e fixar-se, quando da construção das habitações destinadas aos deuses e aos potentados; os templos e os palácios, para ser dignos de seus habitantes, deviam distinguir-se dos abrigos reservados ao vulgo, por sua grandeza, por sua magnificência e pelo caráter de sua decoração. i está o germe de tudo mais. A construção e a decoração, subordinadas à natureza dos materiais e ao destino `dos edifícios, produziram espontaneamente os vários gêneros de arquitetura, considerados em suas linhas gerais. Em seguida, por um lógico trabalho de concentração e assimilação, analogo ao que se nota, na formação das grandes lendas e epopéias antigas, cada qual destes géneros se completou com tudo que pudesse contribuir para a expressão do pensamento, que se pode encarar como constituindo o centro e c núcleo de toda a combinação. Como na epopéia ou na música, esta combinação, primitivamente, não é mais que uma harmonia sucessiva de linhas mais ou menos expressivas, de idéias ou de sentimentos, corr a diferença apenas de que os sinais que se reunem e combinam na epopéia e na musica são palavras e notas, ao passo que, na arquitetura, são linhas formas e cores, exatamente como na escultura e na pintura Poderá dizer-se, mesmo, que a arquitetura não passe de uma extensão da escultura. Esta analogia torna-se patente diante dos templos subterrâneos da índia, cavados inteiramente num só bloco de pedra. Há, porém, esta diferença: a escultura imita muito mais ordinariamente as formas fornecidas pela natureza, ao passo que o conjunto do modelo arquitetônico só existe no pensamento do arquiteto.


Estando, assim, determinados os caracteres mais ostensivos de cada uma das artes, podemos finalmente abordar a definição geral da arte.